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Economia e Finanças

22 de Maio de 2015 as 06:05:17



CRISE GLOBAL - Medidas não convencionais foram importantes para evitar dano maior, declara Tombini


Tombini: medidas não convencionais foram importantes durante a crise global
 
 
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconheceu nesta 5ª feira, 21.05, a importância do uso de medidas não convencionais, que são aquelas que fogem do conceito de redução de juros para estimular a economia e do aumento para segurar a inflação, tomadas por autoridades monetárias de economias avançadas para responder aos efeitos da crise econômica global.
 
"De fato, bancos centrais adotaram medidas sem precedentes para uma crise igualmente sem precedentes",
 
disse.
 
Medidas Não Convencionais Relevantes
 
Entre essas medidas, estão o saneamento de ativos financeiros, melhoria na qualidade de crédito e injeção de dinheiro no mercado, tomadas por países desenvolvidos a partir da crise de 2008.
 
Para Tombini, os resultados das medidas não convencionais evitaram um dano ainda maior para a economia real do mundo.
 
"Um aumento da taxa de juros de longo prazo, por exemplo, pode reduzir o valor dos ativos enquanto o valor dos passivos permanece inalterado. Situações desse tipo podem, em tese, suscitar questionamentos sobre a capacidade dos bancos centrais de executarem adequadamente suas funções",
 
explicou.
 
Tombini fez uma palestra nesta 5ª feira, 21.05, durante a abertura do 17º Seminário Anual de Metas para Inflação, organizado pelo Banco Central, no Hotel Sofitel, em Copacabana, zona sul do Rio.
 
Christine Lagarde em palestra
 
Na 6ª feira, 22.05, o presidente falará novamente na abertura do segundo dia do encontro, antecedendo a palestra da diretora-gerente do FMI Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e mais tarde no encerramento do seminário.
 
Na avaliação de Tombini, a troca de informações, que costuma ocorrer no seminário, que tem a participação de autoridades monetárias de outros países, como o Banco Central dos EUA e representantes do mercado financeiro e de universidades, tem sido importante na decisão de medidas no País.
 
"O Banco Central do Brasil, em seu esforço para aprimorar a condução da poli tica monetária, aproveitou diversas ideias que circularam em debates das edições anteriores para aperfeiçoar seus modelos e para enriquecer seu conjunto de informações".
 
 declarou Alexandre Tombini.
 
.. . .    . . .   . . .   . . .   . . .
 
 
NOTA DA REDAÇÃO
 
O que Alexandre Tombini, presidente do Banco Central do Brasil, não afirmou foi que as medidas convencionais de controle da moeda   ("redução dos juros para estimular a economia, redução dos juros para combater a inflação", supramencionadas)  tendem a elevar os ganhos do setor financeiro e não reduzem as margens operacionais dos bancos.  Porisso, contam com grande apoio do stablishment do mercado financeiro.
 
As medidas não ortodoxas, por outro lado, reduzem as margens operacionais dos bancos por meio da gestão das reservas bancárias, submetem-nos às inspeções acuradas dos tecnicos do Banco Central sobre os indicadores de solvência bancária.
 
Acrescente-se que, no caso dos impactos da crise sobre a economia brasileira, as políticas publicas adotadas, de injeção de recursos na economia e de estímulo governamental aos financiamentos bancários diretos ao setor produtivo, resultaram na redução do market share dos bancos privados no sistema financeiro nacional, porquanto estes tenham se reservado aos ganhos com as práticas de tesouraria, deixando sua clientela empresarial e de pessoas físicas sem apoio creditício e sem alternativa exceto migrarem suas operações aos bancos públicos, como a Caixa, BnB, Banco do Brasil, BNDES e BASA.
 
Na sequência, através de um porta voz informal menos iracível, Armírio Fraga, o mercado financeiro exigiu uma redução da presença dos bancos públicos no mercado brasileiro, sob o argumento da necessidade de desenvolvimento do mercado brasileiro de capitais.
 
Esse pleito tornou-se mais vazio a cada novo refluxo não expansionista do crédito promovido pelas instituições financeiras, deixando à mingua sua clientela empresarial.
 
No momento presente, desde o 2º semestre/2014, o novo argumento usado pelo mercado financeiro tem sido o suprimento indevido de recursos subsidiados do Tesouro Nacional para abastecer com capitais os bancos públicos em sua atividade emprestadora. 
 
A insistência governamental na política publica de manutenção do nível de emprego e da atividade econômica, por todo o primeiro mandato de Dilma Rousseff, viabilizou a disseminação de grande ressentimento contra o governo federal, em especial ao ministro Mântega, com o qual a direção da FEBRABAN manteve rumoroso o embate público divulgado pela mídia. O litígio teve que contar com a interferência da direção dos bancos Itaú e do Bradesco para que cessassem as animosidades púbicas, com a recomendação de que as equipes técnicas das instituições envolvidas negociassem as soluções.
 
Desse embate respingaram algumas ofensas pessoais contra o presidente do Banco Central, que chegou a ser pessoalmente ofendido por um economista, que fora diretor do BC em outro mandato presidencial, que conta atualmente com bom espaço na mídia e que provavelmente busca espaço para retorno.


Fonte: Agência Brasil





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